Bom dia galera, estão todos bem? Espero que sim...
Hoje resolvi falar sobre esta parte difícil no momento da inscrição em um concurso com vagas divididas por cidade, estados ou região. A escolha de para onde se inscrever...
Esta questão normalmente acomete ao concurseiro que leu o edital, entendeu as regras, pesquisou sobre o histórico de nomeações do órgão ou a disponibilidade das vagas e agora está em dúvida se vale a pena aumentar suas chances de nomeação fazendo a prova para determinada cidade, estado ou região, ainda que esta não se seja o lugar de lotação de seus sonhos...
Sobre esta indecisão, eu tenho duas experiências que vivi. Vamos a elas...
Eram os idos de 2009, com a crise da bolha nos EUA percebi as coisas piorarem no trabalho que tinha e resolvi que estudaria para concursos. Algum tempo depois, abriu o concurso para Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda (ATA), com oferta de 2.000 vagas em todo o país.
Dai fui ler os editais, comecei a frequentar os fóruns, especialmente o www.forumconcurseiros.com, que reúne uma galera cascuda da área fiscal. E esta dúvida da escolha de onde prestar, se fez presente. O concurso, com elevada oferta de vagas, seria dividido por Estado.
O meu (talvez o seu também) Estado de São Paulo era o que tinha a maior oferta ou uma das maiores... 368 vagas.
Outros Estados do Nordeste, apresentavam número de vagas menores, mas a promessa de notas de cortes menores (pelo menos era isso que especulavam).
Chegou o dia da inscrição e como meu objetivo era afastar a crise para bem longe, eu estava determinado a me inscrever para qualquer lugar que aumentasse minhas chances... e isso nem teria qualquer custo, já que era possível prestar a prova em SP, concorrendo para outro Estado.
Pensei, titubeei e no final me inscrevi para São Paulo. Tivemos um dos maiores, senão o maior, número de inscritos. A concorrência para cá bateu a casa dos 200/vaga.
No dia D fiz a prova, depois conferi os gabaritos, comecei a ver as notas nos rankings improvisados e aguardei com ansiedade o resultado.... Quando ele saiu, nem acreditei que estava aprovado, no finalzinho da lista, mas dentro do número de vagas... E para o meu Estado!!!
Fui checar as notas de cortes dos lugares que eu havia pensado em concorrer e quase cai para trás ao descobrir que minha nota seria insuficiente, caso tivesse concorrido lá.
No final, São Paulo chamou o dobro das vagas previstas e em algum tempo depois, já abriu concurso com vagas destinadas para cá e Brasília, tamanha era a demanda.
Ter feito para outro lugar teria sido um chute no pé, primeiro porque aqui, seguido por Brasília, é o Estado que mais demanda mão de obra no Ministério da Fazenda.
Segundo porque em muitos Estados do Nordeste, que nos fóruns presumíamos que as notas de corte seriam mais baixas, exatamente lá tivemos os primeiros colocados gerais... Quase fechando uma prova que valia 120 pontos e tinha uma infinidade de questões.
Esta é a primeira parte desta história.....
A continuação dela é que eu fui nomeado e daí fazíamos a opção, através de um formulário, preenchendo as cidades em que gostaríamos de trabalhar (o concurso era dividido por Estado ou Região, não lembro) e depois, dentro do Estado, ainda havia a escolha da cidade.
Como disse, passei na rabeira da lista, preenchi minhas preferências, mas acabei cerca de 100 km de distância de casa... Moro e morava na Capital e fui nomeado em Sorocaba.
Daí me vi trabalhando em uma cidade relativamente distante e quebradinho de grana, sem condições de alugar uma casa ou apartamento e sem condições de ir trabalhar e voltar para casa toda noite, pelo tempo e custos envolvidos.
Pela providência divina eu tinha um ano antes realizado um trabalho onde??? Em Sorocaba! E naquela ocasião, para abrigar o grupo que lá estava, alugamos um sítio que dava para hospedar muita gente.
Quando me vi nomeado lá, sem ter como me instalar, contatei o dono do local, que me cedeu uma parte da casa para que eu ficasse lá de segunda a sexta, pagando a módica quantia de R$ 10,00 por dia (e ainda podia usar a estrutura do sítio!!!)
Beleza, né??? Sim, sem dúvida. Mas ainda assim digo para vocês que fiquei em Sorocaba por 4 meses, até conseguir uma remoção para a Capital e boa parte destes dias foram bem difíceis...
- Estava só, longe de casa;
- Os amigos que fiz no trabalho estavam empenhados para os concursos de analista e fiscal da Receita, cujos editais já tinham sido publicados;
- Para piorar, o sítio não contava com vizinhos, era razoavelmente afastado. Em muitos dias, o contato que tinha era só com o caseiro e sua família, gente finíssimas, mas que as vezes nem via, já que dormiam bem cedo.
Sei que dependendo da escolha que fizerem para o concurso do TJ/SP, não haverá necessidade nem de mudança... É o caso dos que optarem prestar para a Capital, pelo maior número de vagas e histórico de nomeações polpudas, mas que residem em Guarulhos, ABC, ou outras cidades vizinhas e da região metropolitana... Fretado, ônibus convencional ou carro já serão o bastante. Poderão ir e vir todos os dias para casa e o maior desconforto será o trânsito.
Outros, talvez terão que fazer mudanças maiores... Nestes casos acho válido pesar os prós e os contras, levando em conta as duas partes da historinha que contei:
1) Será que não dá para estudarem com afinco e conseguirem uma vaga na sua cidade preferida? O desafio não poderá movê-los?
2) Se a resposta a primeira pergunta for negativa e decidirem prestar para outra cidade, que envolva grandes mudanças, conseguirão adequar as condições pessoais e familiares para assumirem o cargo e aguardarem uma permuta ou remoção?
Bom domingo a todos e foco na aprovação!
Grande abraço,
Montmor
Hoje resolvi falar sobre esta parte difícil no momento da inscrição em um concurso com vagas divididas por cidade, estados ou região. A escolha de para onde se inscrever...
Esta questão normalmente acomete ao concurseiro que leu o edital, entendeu as regras, pesquisou sobre o histórico de nomeações do órgão ou a disponibilidade das vagas e agora está em dúvida se vale a pena aumentar suas chances de nomeação fazendo a prova para determinada cidade, estado ou região, ainda que esta não se seja o lugar de lotação de seus sonhos...
Sobre esta indecisão, eu tenho duas experiências que vivi. Vamos a elas...
Eram os idos de 2009, com a crise da bolha nos EUA percebi as coisas piorarem no trabalho que tinha e resolvi que estudaria para concursos. Algum tempo depois, abriu o concurso para Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda (ATA), com oferta de 2.000 vagas em todo o país.
Dai fui ler os editais, comecei a frequentar os fóruns, especialmente o www.forumconcurseiros.com, que reúne uma galera cascuda da área fiscal. E esta dúvida da escolha de onde prestar, se fez presente. O concurso, com elevada oferta de vagas, seria dividido por Estado.
O meu (talvez o seu também) Estado de São Paulo era o que tinha a maior oferta ou uma das maiores... 368 vagas.
Outros Estados do Nordeste, apresentavam número de vagas menores, mas a promessa de notas de cortes menores (pelo menos era isso que especulavam).
Chegou o dia da inscrição e como meu objetivo era afastar a crise para bem longe, eu estava determinado a me inscrever para qualquer lugar que aumentasse minhas chances... e isso nem teria qualquer custo, já que era possível prestar a prova em SP, concorrendo para outro Estado.
Pensei, titubeei e no final me inscrevi para São Paulo. Tivemos um dos maiores, senão o maior, número de inscritos. A concorrência para cá bateu a casa dos 200/vaga.
No dia D fiz a prova, depois conferi os gabaritos, comecei a ver as notas nos rankings improvisados e aguardei com ansiedade o resultado.... Quando ele saiu, nem acreditei que estava aprovado, no finalzinho da lista, mas dentro do número de vagas... E para o meu Estado!!!
Fui checar as notas de cortes dos lugares que eu havia pensado em concorrer e quase cai para trás ao descobrir que minha nota seria insuficiente, caso tivesse concorrido lá.
No final, São Paulo chamou o dobro das vagas previstas e em algum tempo depois, já abriu concurso com vagas destinadas para cá e Brasília, tamanha era a demanda.
Ter feito para outro lugar teria sido um chute no pé, primeiro porque aqui, seguido por Brasília, é o Estado que mais demanda mão de obra no Ministério da Fazenda.
Segundo porque em muitos Estados do Nordeste, que nos fóruns presumíamos que as notas de corte seriam mais baixas, exatamente lá tivemos os primeiros colocados gerais... Quase fechando uma prova que valia 120 pontos e tinha uma infinidade de questões.
Esta é a primeira parte desta história.....
A continuação dela é que eu fui nomeado e daí fazíamos a opção, através de um formulário, preenchendo as cidades em que gostaríamos de trabalhar (o concurso era dividido por Estado ou Região, não lembro) e depois, dentro do Estado, ainda havia a escolha da cidade.
Como disse, passei na rabeira da lista, preenchi minhas preferências, mas acabei cerca de 100 km de distância de casa... Moro e morava na Capital e fui nomeado em Sorocaba.
Daí me vi trabalhando em uma cidade relativamente distante e quebradinho de grana, sem condições de alugar uma casa ou apartamento e sem condições de ir trabalhar e voltar para casa toda noite, pelo tempo e custos envolvidos.
Pela providência divina eu tinha um ano antes realizado um trabalho onde??? Em Sorocaba! E naquela ocasião, para abrigar o grupo que lá estava, alugamos um sítio que dava para hospedar muita gente.
Quando me vi nomeado lá, sem ter como me instalar, contatei o dono do local, que me cedeu uma parte da casa para que eu ficasse lá de segunda a sexta, pagando a módica quantia de R$ 10,00 por dia (e ainda podia usar a estrutura do sítio!!!)
Beleza, né??? Sim, sem dúvida. Mas ainda assim digo para vocês que fiquei em Sorocaba por 4 meses, até conseguir uma remoção para a Capital e boa parte destes dias foram bem difíceis...
- Estava só, longe de casa;
- Os amigos que fiz no trabalho estavam empenhados para os concursos de analista e fiscal da Receita, cujos editais já tinham sido publicados;
- Para piorar, o sítio não contava com vizinhos, era razoavelmente afastado. Em muitos dias, o contato que tinha era só com o caseiro e sua família, gente finíssimas, mas que as vezes nem via, já que dormiam bem cedo.
Sei que dependendo da escolha que fizerem para o concurso do TJ/SP, não haverá necessidade nem de mudança... É o caso dos que optarem prestar para a Capital, pelo maior número de vagas e histórico de nomeações polpudas, mas que residem em Guarulhos, ABC, ou outras cidades vizinhas e da região metropolitana... Fretado, ônibus convencional ou carro já serão o bastante. Poderão ir e vir todos os dias para casa e o maior desconforto será o trânsito.
Outros, talvez terão que fazer mudanças maiores... Nestes casos acho válido pesar os prós e os contras, levando em conta as duas partes da historinha que contei:
1) Será que não dá para estudarem com afinco e conseguirem uma vaga na sua cidade preferida? O desafio não poderá movê-los?
2) Se a resposta a primeira pergunta for negativa e decidirem prestar para outra cidade, que envolva grandes mudanças, conseguirão adequar as condições pessoais e familiares para assumirem o cargo e aguardarem uma permuta ou remoção?
Bom domingo a todos e foco na aprovação!
Grande abraço,
Montmor
Comentários
Sua experiência ajuda muito quem ainda está do lado de cá ! Quando sair o edital dá para ter uma ideia que como serão distribuídas as vagas. E até lá pensar que região escolher. O melhor de poder ficar perto de casa é realmente fugir do trânsito. abcs !
Com a dúvida de vocês, vou tentar obter os números de nomeações em todo o Estado e ver qual a pontuação que o último chamado obteve. Assim teremos a nota de corte 'real', já que nem todos os aprovados foram nomeados. Aguardem...
Agora, acredito que você deva estar acompanhando, o tribunal está pretendendo lançar edital ainda este mês.
A hora é de apertar nos estudos...