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XXI Exame de Ordem Unificado - Vale a pena "hackear" a repescagem?'

Como estão nobres guerreiros, firmes no propósito?

Quem acompanha os bastidores do Exame de Ordem já deve ter lido nos blogs e portais famosos a ideia de "hackear" a repescagem... Caso nunca tenham lido sobre, a ideia básica é garantir que o candidato sempre esteja classificado para a segunda fase do Exame corrente, seja ele qual for, ainda que não tenha passado na 1ª fase dele. Como assim? 

Bem, com a alteração das regras, hoje um candidato aprovado na primeira fase e reprovado na prova prático-profissional pode se inscrever diretamente na segunda fase do exame imediatamente seguinte a sua reprovação, no que chamam de repescagem. Caso não seja aprovado nesta segunda tentativa na peça prático-profissional, o candidato, no exame seguinte, deverá ser aprovado na primeira fase e só então terá mais um duelo marcado com a FGV na segunda fase.... Até aí normal!

Mas como ele se garantiria 'perpetuamente' na segunda fase? 

Bem, nesse caso, ainda que tenha sido aprovado num exame anterior na primeira fase e reprovado na segunda fase daquele exame, em vez de fazer a inscrição apenas para a repescagem do exame seguinte, o candidato se inscreveria normalmente no certame... Faria a primeira fase, mesmo já estando classificado para a segunda por meio da repescagem. O benefício? Se aprovado mais uma vez na primeira fase, ainda que sucumbisse novamente na prova prática, já estaria garantido na segunda fase do exame subsequente (pois passou na primeira fase do exame em curso) e aí estaria sempre lá.... Nas finais...... Cairia de 'chapéu' na grande decisão.

A ideia parece legal e até interessante, mas será mesmo?

Bem, olhando mais atentamente, não me parece tanto. Isso pq o candidato q já está na segunda fase pelo instituto da repescagem, se fizer a inscrição normal para o novo certame, vai se preocupar em estudar as infindáveis matérias da primeira fase. Vai gastar tempo com uma fase do jogo que ele já passou (por ter passado no edital anterior) e vai perder o foco com o que realmente importa: fazer no mínimo 6,0 (seis) pontos na prova prático-profissional.

Oras, o que vai importar no final é a aprovação no Exame, não em apenas uma das fases. Concentrar-se na fase que já está garantido, no caso a segunda e derradeira, é o que importa. Assim, me parece que "hackear" a repescagem não é vantajoso, sob o aspecto do foco e busca pelo resultado pretendido, no caso a aprovação na OAB!!!

Além disso, grana não dá em árvore... A inscrição na repescagem é mais barata que a inscrição regular.... De modo que o candidato 'hacker' gastará o que talvez não seja preciso....

Por fim, o aspecto emocional da decisão de tentar 'hackear' a repescagem pode ser negativo. Ainda que inconscientemente, pode criar um espírito derrotado no candidato, que no íntimo pode dizer: "ah, se não passar nessa segunda fase, já me garanti para a próxima...", ou "minha hora vai chegar... talvez ainda não seja nesse, mas o meu dia virá".

Qual o problema nisso? Bem, acredito que aquilo que pensamos e acreditamos é o que reproduzimos ou realizamos. Se achamos que não vamos passar, é provável que não passemos... "Hackear" a repescagem pode sim criar esse espírito perdedor... Que gera um plano B quando a prioridade tem que ser uma: A aprovação já....

É isso!


Abraços do Montanha.

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